segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

"O Discurso do Rei" foi o vencedor da noite

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Mariza cria taberna típica em Barcelona

http://www.dn.pt/inicio/artes/interior.aspx?content_id=1792187&seccao=M%FAsica

Luta contra doença que causa envelhecimento acelerado

http://www.dn.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=1792551

Lisboa e a Península Ibérica à noite vistas do espaço

http://www.dn.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=1793238

FRASE DO DIA

"A sabedoria da vida é sempre mais profunda e mais vasta do que a sabedoria dos homens"Gorky, Máximo
A Maior Base de Citações da Internet em Português, com milhares de citações, da antiguidade à actualidade

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Núcleo da Terra gira mais devagar do que se pensava

http://www.dn.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=1788933&seccao=Biosfera

FRASE DO DIA

Ser bilingue protege cérebro da demência

http://www.dn.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=1788360&seccao=Biosfera

Radar meteorológico para seguir morcegos

http://www.dn.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=1788355&seccao=Biosfera

Voluntários vão reflorestar a Mata Nacional do Buçaco

http://www.dn.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=1791296&seccao=Biosfera

Macacos lavam-se com urina

http://www.dn.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=1792119&seccao=Biosfera

HISTÓRIA DO DIA

Assim não jogo

Hoje vou falar de futebol.
Era uma vez um jogador que se chamava Medo. Um grande jogador!
— Vamos jogar contra o Medo — diziam, antes do desafio, os adversários, cheios de medo.
Mas, um dia, lesionou-se.
— Estamos muito desfalcados — lamentavam-se os companheiros de equipa. — Sem o Medo não é a mesma coisa.
Foram buscar o suplente. Por acaso, o rapaz até se chamava Nervos. Era o Zé Nervos, não muito jeitoso a dominar a bola, mas com uma potência no remate de virar os guarda-redes do avesso.
Já o primo dele, o Chico Nervos, que também jogava, mas a meio-campo, não havia quem o suplantasse como armador de jogo.
— Rapazes, hoje a táctica é toda por conta dos Nervos — anunciava o treinador, nos balneários. — Com os Nervos ao ataque, temos a vitória garantida.
E tiveram.
Naquele jogo e no outro e nos outros que se seguiram o êxito foi estrondoso. Os adversários levavam abadas de chocar.
— Vocês não têm mais irmãos ou primos com queda para o futebol? — perguntava aos dois Nervos o treinador. — Se tiverem, eu contrato-os. Com os Nervos todos do nosso lado, bem controlados por mim, seremos imbatíveis.
Por sinal que eles não tinham mais parentes virados para o desporto. Eram os únicos Nervos futebolistas da família. Mas chegavam.
— Nervos! Nervos! Nervos! — gritavam os espectadores, nas bancadas.
Até parecia que a força dos Nervos se comunicava aos restantes jogadores.
Tanto se destacavam os primos que os jornais quase se esqueceram do nome dos outros futebolistas, do treinador e do próprio clube, para apenas designarem a equipa com títulos deste género: avalanche de Nervos, Nervos a mais, ataque de Nervos, com um entusiasmo e um exagero que – brr! – até enervavam.
Entretanto, o Medo, aquele jogador que se tinha lesionado no princípio da história, restabeleceu-se. Estava, de novo, pronto para jogar.
O treinador fez umas substituições, uns acertos e, sem dispensar os primos Nervos, mandou vir o Medo.
— Por este andar, com uma equipa deste nível, vamos ganhar a Taça das Taças das Taças das Taças — dizia o treinador, a esfregar as mãos e a rir-se.
Riso de pouca dura. O primeiro jogo com a nova formação foi um desastre. O segundo jogo, uma calamidade. Do terceiro jogo já não posso falar, porque não assisti. Sem, ao menos, um jantar de despedida, os dirigentes do clube puseram-me na rua.
Sim, era eu o treinador da equipa, esqueci-me de avisar no princípio.
Depois deste desaire, nunca mais voltei a um estádio. Mudei de vida.
Empreguei-me a escrever histórias...
Mas uma coisa aprendi da minha passagem pelo desporto: com Nervos e Medo juntos, nunca se consegue ganhar.

António Torrado

http://www.historiadodia.pt/

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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

14 de Fevereiro - Dia de S. Valentim

História
A história do Dia de São Valentim remonta a um obscuro dia de jejum tido em homenagem a São Valentim. A associação com o amor romântico chega depois do final da Idade Média, durante o qual o conceito de amor romântico foi formulado.
O bispo Valentim lutou contra as ordens do imperador Cláudio II, que havia proibido o casamento durante as guerras acreditando que os solteiros eram melhores combatentes.
Além de continuar a celebrar os casamentos, ele casou-se secretamente, apesar da proibição do imperador. A prática foi descoberta e Valentim foi preso e condenado à morte. Enquanto estava preso, muitos jovens davam-lhe flores e bilhetes dizendo que os jovens ainda acreditavam no amor. Enquanto aguardava na prisão o cumprimento da sua sentença, ele apaixonou-se pela filha cega de um carcereiro e, milagrosamente, devolveu-lhe a visão. Antes de partir, Valentim escreveu uma mensagem de adeus para ela, na qual assinava como “Seu Namorado” ou “De seu Valentim”.
Considerado mártir pela Igreja Católica, a data de sua morte - 14 de Fevereiro - também marca a véspera de lupercais, festas anuais celebradas na Roma antiga em honra de Juno (Deusa da mulher e do matrimónio) e de Pan (Deus da natureza). Um dos rituais desse festival era a passeata da fertilidade, em que os sacerdotes caminhavam pela cidade batendo em todas as mulheres com correias de couro de cabra para assegurar a fecundidade.
Na Idade Média, dizia-se que o dia 14 de Fevereiro era o primeiro dia de acasalamento dos pássaros. Por isso, os namorados da Idade Média usavam esta ocasião para deixar mensagens de amor na soleira da porta da amada.
O dia é hoje muito associado com a troca mútua de recados de amor em forma de objectos simbólicos. Símbolos modernos incluem a silhueta de um coração e a figura de um Cupido com asas. Iniciada no século XIX, a prática de recados manuscritos deu lugar à troca de cartões de felicitação produzidos em massa. Estima-se que, mundo afora, aproximadamente um bilhão de cartões com mensagens românticas são mandados a cada ano, tornando esse dia um dos mais lucrativos do ano.
O dia de São Valentim era até há algumas décadas uma festa comemorada principalmente em países anglo-saxões, mas ao longo do século XX o hábito estendeu-se a muitos outros países.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

A REVOLTA DE 31 D JANEIRO DE 1891

No dia 31 de Janeiro de 1891, na cidade do Porto, registou-se um levantamento militar contra as cedências do Governo (e da Coroa) ao ultimato britânico de 1890 por causa do Mapa Cor-de-Rosa, que pretendia ligar, por terra, Angola a Moçambique.
A 1 de Janeiro de 1891 reuniu-se o Partido Republicano em congresso, de onde saiu um directório eleito constituído por: Teófilo Braga, Manuel de Arriaga, Homem Cristo, Jacinto Nunes, Azevedo e Silva, Bernardino Pinheiro e Magalhães Lima. Estes homens apresentaram um plano de acção política a longo prazo, que não incluía a revolta que veio a acontecer, no entanto, a sua supremacia não era reconhecida por todos os republicanos, principalmente por aqueles que defendiam uma acção imediata. Estes, além de revoltados pelo desfecho do episódio do Ultimato, entusiasmaram-se com a recente proclamação da República no Brasil, a 15 de Novembro de 1889.
As figuras cimeiras da "Revolta do Porto", que sendo um movimento de descontentes grassando sobretudo entre sargentos e praças careceu do apoio de qualquer oficial de alta patente, foram o capitão António Amaral Leitão, o alferes Rodolfo Malheiro, o tenente Coelho, além dos civis, o dr. Alves da Veiga, o actor Verdial e Santos Cardoso, além de vultos eminentes da cultura como João Chagas, Aurélio da Paz dos Reis, Sampaio Bruno, Basílio Teles, entre outros.

O Acontecimento
A revolta tem início na madrugada do dia 31 de Janeiro, quando os Batalhão de Caçadores nº9, liderado por sargentos, se dirigem para o Campo de Santo Ovídio, hoje Praça da República, onde se encontra o Regimento de Infantaria 18 (R.I.18). Ainda antes de chegarem, junta-se ao grupo, o alferes Malheiro, perto da Cadeia da Relação; o Regimento de Infantaria 10, liderado pelo tenente Coelho; e uma companhia da Guarda Fiscal. Embora revoltado, o R.I.18, fica retido pelo coronel Meneses de Lencastre, que assim, quis demonstrar a sua neutralidade no movimento revolucionário.
Os revoltosos descem a Rua do Almada, até à Praça de D. Pedro, (hoje Praça da Liberdade), onde, em frente ao antigo edifício da Câmara Municipal do Porto, ouviram Alves da Veiga proclamar da varanda a Implantação da República. Acompanhavam-no Felizardo Lima, o advogado António Claro, o Dr. Pais Pinto, Abade de São Nicolau, o Actor Verdial, o chapeleiro Santos Silva, e outras figuras. Verdial leu a lista de nomes que comporiam o governo provisório da República e que incluíam: Rodrigues de Freitas, professor; Joaquim Bernardo Soares, desembargador; José Maria Correia da Silva, general de divisão; Joaquim d'Azevedo e Albuquerque, lente da Academia; Morais e Caldas, professor; Pinto Leite, banqueiro; e José Ventura Santos Reis, médico.
Foi hasteada uma bandeira vermelha e verde, pertencente a um Centro Democrático Federal.[1]. Com fanfarra, foguetes e vivas à República, a multidão decide subir a Rua de Santo António, em direcção à Praça da Batalha, com o objectivo de tomar a estação de Correios e Telégrafos.
 No entanto, o festivo cortejo foi barrado por um forte destacamento da Guarda Municipal, posicionada na escadaria da igreja de Santo Ildefonso, no topo da rua. O capitão Leitão, que acompanhava os revoltosos e esperava convencer a guarda a juntar-se-lhes, viu-se ultrapassado pelos acontecimentos. Em resposta a dois tiros que se crê terem partido da multidão, a Guarda solta uma cerrada descarga de fuzilaria vitimando indistintamente militares revoltosos e simpatizantes civis. A multidão civil entrou em debandada, e com ela alguns soldados.
Os mais bravos tentaram ainda resistir. Cerca de trezentos barricaram-se na Câmara Municipal, mas por fim, a Guarda, ajudada por artilharia da serra do Pilar, por Cavalaria e pelo Regimento de Infantaria 18, força-os à rendição, às dez da manhã. Terão sido mortos 12 revoltosos e feridos 40.

O Desfecho
Alguns dos implicados conseguiram fugir para o estrangeiro: Alves da Veiga iludiu a vigilância e foi viver para Paris: o jornalista Sampaio Bruno e o Advogado António Claro alcançaram a Espanha, assim como o Alferes Augusto Malheiro, que daí emigrou para o Brasil.
Os nomeados para o "Governo Provisório" trataram de esclarecer não terem dado autorização para o uso dos seus nomes. Dizia o prestigiado professor Rodrigues de Freitas, enquanto admitia ser democrata-republicano: "mas não autorizei ninguém a incluir o meu nome na lista do governo provisório, lida nos Paços do Concelho, no dia 31 de Janeiro, e deploro que um errado modo de encarar os negócios da nossa infeliz pátria levasse tantas pessoas a tal movimento revolucionário."
A reacção oficial seria como de esperar, implacável, tendo os revoltosos sido julgados por Conselhos de Guerra, a bordo de navios, ao largo de Leixões: o paquete Moçambique, o transporte Índia e a corveta Bartolomeu Dias . Para além de civis, foram julgados 505 militares. Seriam condenados a penas entre 18 meses e 15 anos de degredo em África cerca de duzentas e cinquenta pessoas. Em 1893 alguns seriam libertados em virtude da amnistia decretada para os então criminosos políticos da classe civil.
Em memória desta revolta, logo que a República foi implantada em Portugal, a então designada Rua de Santo António foi rebaptizada para Rua de 31 de Janeiro, passando a data a ser celebrada dado que se tratava da primeira de três revoltas de cariz republicano efectuadas contra a monarquia constitucional (as outras seriam o Golpe do Elevador da Biblioteca, e o 5 de Outubro de 1910.